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Aborto inseguro é das principais causas de morte materna e mulheres negras sofrem mais
28 de Maio de 2021. Andrea Dip
Pesquisadora Emanuelle Góes diz que criminalização do aborto contamina o atendimento garantido por lei e que mulheres negras têm mais barreiras no acesso aos serviços de saúde
Hoje, dia 28 de maio, se celebra o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna e apesar dos altos números de mortes por Covid-19 — que aumentaram 233% em 2021 em relação à 2020 — aborto inseguro segue sendo uma das principais causas de morte materna, segundo Emanuelle Góes, pesquisadora Pós-doc do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia. A OMS define morte materna como aquela decorrente de problemas ligados à gravidez ou por ela agravados, ocorridos no período da gestação ou até 42 dias após o parto.
A razão de morte materna ultrapassa os valores de 50 por 100 mil habitantes no Brasil. Segundo a OMS os números deveriam ser inferiores a 20. Os dados sobre aborto no Brasil são imprecisos mas, como mostra essa reportagem do UOL, segundo a OMS, um total de 73,3 milhões de abortos seguros e inseguros ocorreram no mundo anualmente entre 2015 e 2019 e na América Latina, três em cada quatro abortos são feitos de forma insegura.